Ouro olímpico ou tricampeonato mundial de surfe? Filipinho revela meta para 2024

Brasileiro falou com o site da Jovem Pan News um dia após conquistar o bicampeonato na elite do esporte

Thiago Diz/World Surf League
Surfista Filipe Toledo comemora o título de bicampeão mundial após vencer o Finals, em Trestles, nos Estados Unidos

Um dia após conquistar o bicampeonato mundial de surfe, o surfista Filipe Toledo revelou ao site da Jovem Pan qual será o seu foco para a próxima temporada. Se Gabriel Medina fez história sendo o primeiro surfista brasileiro a ser campeão da elite do esporte e até então o único com três títulos, Filipinho também deixou sua marca de uma vez por todas no surfe mundial. No último dia 9, em Trestles, nos Estados Unidos, o ubatubano se tornou o primeiro brasileiro a vencer dois títulos mundiais consecutivos. Inclusive, nos últimos nove anos, sete títulos vieram para o Brasil. Menos de 24 horas depois de levantar o troféu de bicampeão mundial, o surfista foi questionado sobre a meta para 2024: ouro olímpico ou o tricampeonato mundial? “Inevitavelmente, vou ter que estar no circuito mundial, competindo e dando o meu máximo. As Olímpiadas entram no meio do caminho. Vai ser incrível e, sem dúvida nenhuma, quero me dedicar para ganhar uma medalha, quero poder ter essa oportunidade. Ter uma medalha olímpica é o auge de onde conseguimos chegar no surfe. Claro que as Olimpíadas rolam no meio do ano e depois ainda tem chance de disputar o Finals [final entre os cinco melhores atletas do ano para conquistar o título mundial]. Então, se tudo der certo, ainda buscamos mais um Finals”, disse.

No surfe, os dois melhores ranqueados de cada nacionalidade no Circuito Mundial garantem vaga nas Olimpíadas. Além do campeão Filipinho, quem também irá representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris é o surfista João Vitor Chianca, também conhecido como Chumbinho, que ficou na quarta colocação. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, os representantes brasileiros foram o potiguar Italo Ferreira, que conquistou o primeiro ouro do Brasil na edição e também do esporte, e Gabriel Medina, que terminou na quarta posição após uma polêmica derrota na semifinal para o local Kanoa Igarashi. “O foco, sem dúvida nenhuma, é nas Olímpiadas, uma oportunidade em poder representar o meu país, minha família, meus amigos e todo mundo que me acompanha. Vou dar o meu máximo. Tenho certeza que o Chumbinho também sente a mesma coisa. Estou feliz em poder compartilhar essa experiência com ele. Vai ser irado”, frisou Filipinho.

Caso o ubatubano vença tanto as Olimpíadas quanto o mundial de surfe novamente, ele se tornará, em tese, o maior surfista brasileiro. Apesar de Medina ser o pioneiro e ter três títulos, Filipinho somaria também um ouro olímpico. O bicampeão explicou como pretende lidar com essas expectativas. “Admiro muito o Gabriel, admiro muito o que ele fez no surfe. Poder me igualar ao Gabriel seria incrível. Ainda tem muito trabalho a ser feito, mas um dia vamos chegar lá. Acho que ainda vamos disputar muitas baterias por títulos”, disse. Aos 28 anos, Filipinho disse que vive o seu melhor momento no esporte e quer utilizar disso para obter mais pódios na carreira. “Todo mundo me pergunta se vou dar uma relaxada ou se vou só levar o ano. Não tenho mais 20 anos pela frente para poder ficar com calma dentro do Circuito Mundial. Agora é hora de fazer. Sinto que estou no meu auge e tenho que aproveitar esse momento enquanto eu tiver gás e conseguir fazer por amor. 2024 vai ser um ano incrível.”