Fortaleza só deverá voltar a jogar após punição a ataque a ônibus

CEO do clube cearense, Marcelo Paz reforçou a gravidade do ataque ao ônibus da equipe e falou em ‘tentativa de homicídio’: ‘Jogadores estão sem condições de jogar’

RAFAEL MELO/MYPHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Moisés, do Fortaleza, durante partida entre Sport e Fortaleza

O time do Fortaleza só deverá voltar a jogar quando seus jogadores se recuperarem das lesões sofridas no ataque e quando os responsáveis pelo caso de violência forem punidos. A afirmação foi feita pelo CEO do clube cearense, Marcelo Paz, nesta quinta-feira, 22, horas após o ataque ao ônibus da equipe por torcedores do Sport. “O Fortaleza só deveria jogar quando estes atletas estiverem curados. Como é que vamos botar o time em campo com os atletas nestas condições? E acho que só deveria jogar quando punirem os bandidos que fizeram isso. Tem que ter uma reação de verdade, não pode ser apenas nota de repúdio, de lamento. Para, gente. Vamos esperar morrer alguém? Não morreu um por Deus, porque tinha uma bomba caseira…”, afirmou o dirigente.

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Como o site da Jovem Pan mostrou, o ataque ao ônibus aconteceu durante a madrugada desta quinta, quando pedras e bombas foram arremessadas em direção ao veículo do time, destruindo janelas e ferindo seis jogadores. Imagens mostram marcas de sangue em diversos bancos do ônibus. Os jogadores feridos foram o goleiro João Ricardo, o lateral-esquerdo Gonzalo Escobar, o lateral-direito Dudu, os zagueiros Titi e Brítez e o volante Lucas Sasha. Todos foram encaminhados ao Real Hospital Português, no Recife. E receberam alta no início da manhã. O ataque aconteceu após o empate por 1 a 1 com o Sport, em partida válida pela 4ª rodada da Copa do Nordeste.

Marcelo Paz reforçou a gravidade do episódio. “O João Ricardo está com seis pontos na cabeça. O Escobar está com 13 pontos na cabeça, sofreu um trauma crânio-encefálico. O Titi está com um pedaço de vidro na panturrilha. Não conseguiram remover. O Du está com estilhaço no corpo. Esses jogadores estão sem condição de jogar”, disse o CEO do Fortaleza, que revelou ter recebido “todo o suporte da direção do Sport a noite inteira”. Para Marcelo Paz, o ataque foi uma “tentativa de homicídio”. “Aquilo ali foi um crime, uma tentativa de homicídio. Se uma pessoa jogasse uma bomba em um ônibus normal, de linha, ela seria presa. Por que um bandido faz isso com um time de futebol e não é preso? Isso acontece no Brasil inteiro. Chegou a hora de dar um basta nisso.”

*Com informações de Estadão Conteúdo