Abel Ferreira abre o jogo sobre continuidade no Palmeiras após título do Paulista; confira

Português é o segundo técnico com mais títulos do Verdão e tem contrato válido até o fim de 2024

Reprodução/TV Palmeiras/FAM
Abel Ferreira durante entrevista coletiva no Palmeiras após o título do Paulistão

Abel Ferreira igualou Vanderlei Luxemburgo e se tornou o segundo técnico com mais títulos do Palmeiras no último domingo, 9, com a conquista do Campeonato Paulista 2023, diante do Água Santa. Em entrevista coletiva, o treinador foi questionado quais são seus planos para o futuro e se pretende continuar no Alviverde. Sem titubear, o português foi claro ao dizer que ele e sua comissão técnica preferem ficar no Verdão. “Eles (auxiliares) não querem sair daqui (risos). Nós somos o time do amor, o time da virada. Já disse que sou um treinador que gosta de estar onde querem que eu esteja”, declarou. O comandante, por outro lado, admitiu ter recebido propostas e falou da distância para sua terra natal. “Eu disse (ao Galiotte, antes da primeira Libertadores): ‘Esse é o clube dos sonhos de qualquer treinador. Só tem um defeito, que é um oceano no meio, dez horas de distância da minha família e meus pais’. De resto é um clube top. Sei como funciona se não ganhar, igual para todos os treinadores. Mas como eu disse, gostamos muito de estar aqui. O clube sabe, já várias propostas chegaram. Eu digo que não quero que me liguem, sabem que eu tenho um plano para mim. O futebol é dinâmico. Tenho minha família aqui. Tenho que pensar no todo, não posso ser egoísta. O próximo passo tem que ser muito bem pensado”, continuou.

Empolgado com a conquista do título estadual, Abel Ferreira tranquilizou a torcida do Palmeiras e ainda disse estar focado nas outras competições da temporada. “Mas não percam tempo nisso, estamos bem aqui. É um orgulho fazer parte desse clube. Mesmo que a imprensa aqui seja muito exigente e dura… Não só comigo. Eu tenho ganhado e vão me engolindo. Sei que quando não ganhar, vão disparar as flechas. Faz parte do futebol. Mas aqui dentro, o clube dá todas as condições para podermos trabalhar. Às vezes há jogos e decisões que não vamos agradar a todos, mas o clube tem presente e futuro. Já ganhamos dois títulos (em 2023). Quanto mais ganhamos, mais expectativa criamos. Não sei quanto tempo mais isso vai dar, quanta gasolina meus jogadores ainda têm para continuar com esse desejo”, comentou. Vinculado ao Verdão até o fim de 2024, o lusitano espera cumprir o acordo e continuar brigando por taças. Sua principal reclamação, porém, permanece sendo o calendário brasileiro. “O futebol aqui tem coisas fantásticas, mas outras desumanas. Nove jogos em um mês”, pontuou. “Me perdoem, mas temos que reduzir o número de jogos.”