Presidente da CBF admite problemas no VAR e diz que tem feito cobranças à Comissão de Arbitragem

As declarações de Ednaldo Rodrigues foram feitas na abertura de um encontro promovido pela CBF entre a Comissão de Arbitragem e representantes de clubes, na sede da entidade, no Rio de Janeiro

WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Ednaldo Rodrigues (ao centro) é o atual presidente da CBF

Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues admitiu nesta terça-feira, 26, que está descontente com a atuação da arbitragem durante o Campeonato Brasileiro 2022. Ao falar a dirigentes dos 40 clubes das Séries A e B, o mandatário afirmou que tem feito cobranças à Comissão de Arbitragem e disse que o próprio Wilson Seneme, que dirige a comissão, às vezes fica “indignado” com marcações de campo. “Eu acompanho jogos, das Séries A, B, C e D. Eu assisto futebol, acompanhando tudo em todos os detalhes. Não são só vocês (dirigentes de clubes) que cobram da Comissão de Arbitragem, que cobram o Seneme. Eu também cobro. Existem situações em que eu digo: ‘E o VAR, Seneme? Interferiu ali quando não podia’. Ele responde, às vezes dizendo as questões, às vezes ele próprio até indignado”, disse Ednaldo. “Às vezes também o VAR entra em questões em que poderia entrar e não acontece.”

As declarações de Ednaldo Rodrigues foram feitas na abertura de um encontro promovido pela CBF entre a Comissão de Arbitragem e representantes de clubes, na sede da entidade. A reunião foi convocada na semana passada após uma enxurrada de críticas de dirigentes de diferentes clubes. As reclamações recaem sobretudo sobre o uso do VAR – ou sobre a falta de uso -, mas mesmo a qualidade técnica de alguns árbitros têm sido questionadas. “Se há críticas, é porque há erros que realmente aconteceram e acontecem, mas deixando também claro que não existe nesses equívocos nenhuma premeditação e nenhuma parcialidade para o trato com a arbitragem”, disse Ednaldo. “Também sou crítico daquilo que não anda bem. Nós somos prestadores de serviço, e, como prestadores de serviços para o futebol brasileiro, nós temos que fazer uma entrega. Fazer uma entrega demanda muita dedicação, muito desprendimento, muito trabalho, muitas cobranças. E temos que também cobrar”, completou o dirigente.

*Com informações do Estadão Conteúdo