Justiça condena acusado de matar fundador da Mancha Alviverde a 25 anos de prisão

Moacir Bianchi foi assassinado em 2017 após sair da quadra da torcida, em emboscada no bairro do Ipiranga

Reprodução/Instagram/@manchaalviverde
Moacir foi assassinado em 2017 em emboscada no bairro do Ipiranga

A Justiça de São Paulo condenou Marcello Ventola, o Marcelinho, a 25 anos de prisão em regime fechado nesta quinta-feira, 25, pelo assassinato de Moacir Bianchi, fundador da principal torcida organizada do Palmeiras, a Mancha Alviverde. O crime ocorreu em março de 2017. Ventola foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e condenado após plenário do júri popular. A sentença de 25 anos de prisão engloba, além de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa, já que ele é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do país. Segundo o MP, Ventola, ajudado por outros dois indivíduos, encurralou o veículo em que estava Bianchi e atirou várias vezes contra o fundador da Mancha Alviverde, que foi atingido por 14 disparos. Bianchi foi assassinado em emboscada no bairro do Ipiranga, zona sul da capital paulista, no dia 2 de março de 2017.

Horas antes do crime, o palmeirense esteve na sede da organizada, nos arredores do Allianz Parque, onde tentou mediar um conflito interno entre a diretoria da uniformizada e dissidentes. Imagens das câmeras de segurança da via registraram o crime. Pelo menos outras duas pessoas participaram da morte de Bianchi, segundo a Polícia Civil: Alan Rodrigues Fernandes, o motorista do carro onde estava o suspeito de efetuar os disparos, e Rafael Martins da Silva, o Zequinha, taxista responsável por bloquear a passagem do veículo da vítima na emboscada. Eles foram denunciados pelo MP por homicídio triplamente qualificado. De acordo com a denúncia, o crime foi praticado por motivo torpe, com o emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ventola fora detido há cinco anos em Osasco. Na ocasião, apresentou título de eleitor e carteira de habilitação falsos.

*Com informações do Estadão Conteúdo