Jornalista diz que sofreu racismo e levou ‘mata-leão’ em cobertura do Rock in Rio

Organização do festival disse que ‘repudia qualquer manifestação de preconceito’ e que a equipe de segurança foi acionada, pois Marcelo Manso invadiu ‘uma área restrita’

Reprodução/Instagram/marceloporaqui
Marcelo Manso teve sua credencial retida após suposto caso de racismo no Rock in Rio

O jornalista Marcelo Manso relatou nas redes sociais que foi vítima de racismo enquanto realizava a cobertura do Rock in Rio 2022 no último fim de semana. O caso aconteceu na Arena Itaú Tik Tok. Ao postar uma foto mostrando que estava em um hospital, Marcelo escreveu: “Maneiro, a gente vem trabalhar no Rock in Rio, sofre racismo, é acusado de roubar o próprio celular, leva um mata-leão, é ameaçado de morte e ainda tem a credencial retirada para o meio de acesso aos outros dias do evento. Muito bom, nota 0!”. O banco Itaú se manifestou sobre o caso em um comentário no post do jornalista: “Sentimos muito pelo que aconteceu. Acionamos nossos times parceiros para entender mais detalhes. Reiteramos que para nós, qualquer ato que represente discriminação, violência e preconceito é inadmissível e intolerável”. Procurada pela Jovem Pan, a assessoria do Rock in Rio disse em nota que “repudia qualquer forma de manifestação de racismo, discriminação e preconceito” e deu uma outra versão do caso. Segundo a organização do festival, Marcelo “precisou ser retirado pela equipe de produção de uma área restrita de backstage que ele invadiu na madrugada do dia 5, por volta das 2h, entrando no contêiner de um dos diretores de palco” e, por isso, “a equipe de segurança foi acionada”. “No momento do ocorrido, Marcelo Manso agrediu verbalmente o diretor do evento de 74 anos e teve sua credencial retida. O Rock in Rio está tomando as providências legais cabíveis”, concluiu a nota.