Ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell é absolvido das acusações de fraude fiscal na Espanha

O ex-dirigente era acusado de sonegar quase 231 mil euros (R$ 1,18 milhão) da Receita do país ibérico no ano fiscal de 2012

EFE/Albert Olivé
Sandro Rosell é ex-presidente do Barcelona

Ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell foi absolvido nesta quinta-feira, 22, durante julgamento em que era acusado por fraude fiscal e que poderia ser sentenciado a quase três anos de prisão. O Ministério Público da Espanha pedia pena de dois anos e nove meses de encarceramento para o dirigente, enquanto a Advocacia Geral do Estado solicitava dois anos e dois meses de prisão. Rosell era acusado de sonegar quase 231 mil euros (R$ 1,18 milhão) da Receita do país ibérico no ano fiscal de 2012, ao receber por serviços profissionais como assessor através de uma empresa supostamente de fachada, para não declarar os ganhos no Imposto de Renda. O ex-mandatário do Barça, que em junho de 2019 devolveu à Receita o valor que era cobrado acrescido de juros, já foi absolvido três anos atrás pela Audiência Nacional, após ser acusado de lavar dinheiro de comissões ilegais recebidas pelo ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Pelo caso, Rosell chegou a ficar preso preventivamente ao longo de 22 meses.

No julgamento de hoje, Rosell se reservou ao direito de não fazer depoimento, após a defesa alegar que ele se tratava de uma vítima de “perseguição indiscriminada” da justiça e da Agência Tributária espanhola desde 2010, devido a função que exercia no Barcelona e suas “supostas ligações” com o independentismo da Catalunha. Na sentença, a que ainda cabe recurso, a juíza titular do Tribunal Penal Número 3 de Barcelona lamenta as “consequências negativas” para Rosell do processo na Audiência Nacional, mas salienta que “isto não lhe dá uma aura de impunidade em relação a outros fatos diferentes”, nem se pode deduzir que ele tenha sido vítima de “ação irregular”. No entanto, a magistrada não reconhece a tese da Agência Tributária, de que a empresa TOC SLU, utilizada pelo ex-presidente do Barça para receber por seus serviços, era uma “mera fachada”, como alegam o Ministério Público e a Advocacia Geral do Estado. No mês que vem, o dirigente, defendido pelo advogado Pau Molins, voltará ao banco dos réus para ser julgado em um processo envolvendo a contratação do atacante brasileiro Neymar pelo Barcelona junto ao Santos

*Com informações da Agência EFE