Athletico-PR promete identificar torcedores que cometeram racismo contra o São Paulo

Na noite do último domingo, o Tricolor relatou que um funcionário e torcedores presentes em Curitiba foram alvos de ataques racistas durante o segundo tempo

ROBSON MAFRA/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Arena da Baixada foi o palco de Athletico-PR 1 x 0 São Paulo

O Athletico-PR emitiu um comunicado na manhã desta segunda-feira, 1º, que irá adotar medidas para identificar torcedores que supostamente cometeram atos racistas na vitória diante do São Paulo, na tarde do último domingo, na Arena da Baixada, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em nota, o Furacão afirmou que irá colocar as imagens do estádio à disposição das autoridades e ressaltou que não tolera qualquer ato discriminatório. “O Club já está adotando medidas para identificar o que foi objeto de acusação e compromete-se a fornecer as imagens que têm do estádio para apuração do ocorrido pelas autoridades competentes. O Athletico Paranaense novamente vem manifestar publicamente que repudia veementemente quaisquer atos de racismo e reitera que não tolera e nunca tolerará comportamentos racistas dentro da instituição. Se verificado que houve algum ato criminoso ou desrespeitoso praticado por Sócio, submeterá a questão para Câmara de Ética e Disciplina”, informou.

Na noite do último domingo, o São Paulo relatou que um funcionário e torcedores presentes em Curitiba foram alvos de ataques racistas durante o segundo tempo, logo após o goleiro Felipe Alves defender um pênalti. Em seguida, um vídeo de uma torcedora do Athletico-PR imitando um macaco passou a circular nas redes sociais. De acordo com o Tricolor, um Boletim de Ocorrência foi registrado. “Lamentavelmente, episódios de racismo foram presenciados neste domingo, na Arena da Baixada. Um profissional do São Paulo FC, que estava trabalhando no campo, foi vítima de ataques racistas logo em seguida ao pênalti defendido pelo goleiro Felipe Alves. Ele vem recebendo o suporte do clube e já registrou Boletim de Ocorrência. Nas arquibancadas, torcedores também relataram ataques nojentos, vítimas de criminosos que simulavam gestos de macaco. É nosso dever denunciar. Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”, disse o Tricolor paulista.